Coletivo Colum ConVida

Grupo de Estudo Sobre Arte e Fascismo

O Coletivo Comum realiza desde 2020, em parceria com o professor de Língua e Literatura Alemã da USP, Tercio Redondo, um grupo de estudos sobre Arte e Fascismo. Nossos encontros reúnem estudantes, pesquisadorxs e integrantes de coletivos artísticos que se interessam pelo tema. A proposta do grupo é investigar os processos históricos e as relações entre a arte e o fascismo em suas diversas manifestações. O grupo de estudos dedicou seus encontros, entre outros assuntos, ao trabalho lírico e dramatúrgico de Bertolt Brecht, ao cinema brasileiro durante a ditadura civil-militar brasileira e ao teatro brasileiro e latinoamericano.

Seminários

Contrapelo


“Nunca há um documento da cultura que não seja, ao mesmo tempo, um documento da barbárie. E, assim como ele não está livre da barbárie, assim também não o está o processo de sua transmissão, transmissão na qual ele passou de um vencedor a outro. Por isso, o materialista histórico, na medida do possível, se afasta dessa transmissão. Ele considera como sua tarefa escovar a história a contrapelo.”

Walter Benjamin, As teses sobre o conceito de história (1940).

O caderno de estudos Contrapelo insere-se no contexto de surgimento de coletivos teatrais que frequentemente unem arte e política, e que priorizam a redefinição do modo e das relações de produção no trabalho de criação, a investigação  estética continuada e o estreitamento das relações com movimentos sociais.

Nosso grupo, nascido em 1996, produziu montagens teatrais, leituras dramáticas e um documentário; organizou debates, seminários, ciclos de filmes e encontros multiartísticos; viajou pelo país e se apresentou em teatros, praças, galpões, sindicatos, assentamentos, faculdades…, mas ainda não tinha sistematizado parte do pensamento que orienta sua trajetória. Contrapelo começa a cumprir este papel, tentando contribuir com a discussão crítica sobre arte e política, no Brasil e no mundo.

Não é fortuito que Contrapelo seja um “caderno de estudos” e não uma “revista”. Há tanta coisa por fazer – porque há tanta injustiça e desumanidade, mas também tantas possibilidades – que precisamos estudar, e muito, para mudar o que precisa ser mudado. Ao mesmo tempo, como indicam os dossiês incluídos nas publicações, já estamos com a mão na massa. Porque o mundo, e nós mesmos, não estamos prontos.

Os três primeiros números do Caderno de Estudos Contrapelo, apoiados pelo Programa de Fomento ao Teatro, foram publicados e lançados em junho de 2013, agosto de 2015 e dezembro de 2017, em atividades que contaram com a participação de autores de cada uma das edições. Contribuíram com artigos inéditos intelectuais, pesquisadores, artistas e ativistas, tais como: Michael Löwy, José Arbex Jr., Isabel Loureiro, Ângela Mendes de Almeida, Edson Teles, Douglas Estevam e Adailtom Alves.

Conheça a Contrapelo:

Participação em outras publicações

Publicações sobre o Coletivo Comum

Cordão da Mentira 

O Cordão da Mentira é um coletivo de coletivos que sai todo Primeiro de Abril às ruas do centro de São Paulo para denunciar as violências do Estado e do capitalismo contra a população marginalizada dos movimentos sociais organizados em luta.

Desde 2012, sob a forma de Desfil&scracho, o Cordão denuncia as torturas ainda ocultas pela ditadura civil-militar. Em 2015 saiu às ruas com o tema “Condenadxs da Terra”, evidenciando as vítimas do longo processo chamado Brasil, protagonistas em muitas das manifestações frequentes nas lutas por direitos sociais. Entre eles estão a população indígena e negra, os corpos das mulheres e dos transexuais, a vida operária, sem-terra e sem-teto, os condenados da terra.

Acreditamos também que o processo de luta faz do Cordão um processo de espaço público, para além dos jogos de guerra partidária que, no interior da esquerda, torna-se fraticida e sem sentido – sobretudo em tempos sombrios como o nosso, com uma unidade fascista cada vez mais presente. Através da força de seu samba, o Cordão procura construir um lugar em que as nossas tragédias ganhem expressão, em que o nosso silêncio ocupe as ruas. 

Decerto, o maior valor dessa luta é a solidariedade e a imaginação para transformar o que aí está. 

No 1º de abril de 2021 o Cordão da Mentira aconteceu de forma virtual, pelas redes do MANIFÃO. Criticamos o autoritarismo brasileiro, denunciamos os apoiadores da ditadura e os crimes do atual governo. Neste ano tivemos a participação de Lirinha, Ailton Krenak, Mães de Maio, Padre Julio Lancelotti, Cecília Coimbra, Kiko Dinucci, Roberta Oliveira e muitos músicos, poetas, grupos de teatro, sambistas do Núcleo Cupinzeiro, Projeto Nosso Samba e Terreiro Grande, lideranças, pensadores e movimentos sociais. 

O Cordão é um ato político repleto de intervenções artísticas e reflexões, marcando posição contra os negacionistas da ditadura, da ciência e da vida.

Fotos para DownloadVídeos

Encontro multiartistico festa & ideias

O evento multiartistico festa & ideias reune atividades artisticas e trocas de experiencias:
exibicao de videos, leitura de poemas, concertos, peque- nos debates, performances,
instalacoes, grafite, musica e danca.

festa & ideias e um encontro, ao mesmo tempo festivo e de trabalho, onde artistas e
coletivos convivem em um ambiente de laboratorio para a troca de materiais e ideias e
eventual geracao de novos conteudos dentro de um espaco hibrido, que se situa entre o
ensaio, a performance e a apresentacao.

Neste tipo de formato o trabalho de pesquisa conceitual pode dialogar com a imagem, a
musica com o texto, a perfor- mance com a formulacao conceitual. O publico cria e
acompanha os trabalhos combinando observacao e liberdade de intervencao/exploracao.
Os participantes estarao em um ambiente de troca social e terao a oportunidade de
comentar os processos e, se for o caso, intervir nas acoes.

Participaram de edicoes anteriores do festa & ideias os seguintes coletivos e
artistas: Cinefusao; Zagaia; Cordao da Mentira; Estudo de Cena; Mop@t; Epidemia;
Tiago Vaz (grafite); Dj’s Michelle, Marina Novaes e Bruna Provazi; Gunnar Vargas, Luca
Lorenzi e Paula Paz; Parlendas; Fuzarca Feminista; Dolores; Hip hop Mulher; The Biggs;
Cancioneiro Generico do Fim dos Tempos; Jairo Periafricania; Clario; Sarau de mulheres;
Religa- re; Atuadoras; Ocamorana; Espaco em Branco; Antropofagica; Humbalada; NCA –
Nucleo de Comunicacao Alternativa; Marie Ange Bordas; Uniao de Mulheres; Ecologia
Urbana; Teatro Co- letivo; Arte na Periferia; Sarau do Binho; Imargem; Pe na Jaca;
Parabelo; Intervozes; Estudo de Cena; Teatro Popular Uniao e Olho Vivo (TUOV), Elaine
Guimaraes, Perifatividade, Xingo.

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Intervenções Gráficas

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Intervenções Urbanas

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